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O trabalho com trilhas está ligado à ideia de aventura e de exploração do desconhecido, ideias muito presentes na investigação científica.

Aqui a proposta é usarmos a mobilidade e os recursos do laptop para registrar, pela via escrita e imagética, diversos percursos.

No registro de uma trilha está implícita a necessidade de exercermos as atitudes próprias de um investigador: a observação dos fatos, em detalhe e sob diferentes pontos de vista; a coleta, o registro criterioso de dados; a escolha e marcação de pontos de referência.

As trilhas ampliam o espaço de sala de aula e remetem ao contato direto com a natureza, com o bairro, com o museu, enfim, com o mundo em que se vive.

Como resultado, poderemos ter trilhas virtuais que mostram, de diferentes formas, os caminhos ou lugares percorridos e possibilitam, a quem mora longe deles, conhecer um pouco do que oferecem.

Por serem explorações abertas, há um consequente movimento de entrelaçamento de diferentes áreas do conhecimento. Mesmo numa simples observação de uma rua, por exemplo, estão presentes elementos da geografia, da história, da biologia, da matemática, da arte... que podem abrir caminho para novas redes conceituais, como vemos no registro fotográfico de um trajeto feito de casa para a escola, publicado em um site que possibilita compartilhar apresentações, gratuitamente.

 

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Trilhas podem ser pré-definidas e elaboradas pelo professor, com orientações específicas sobre o que os alunos devem fazer em cada etapa, quando há a necessidade de levarmos os alunos a explorarem determinados elementos, em diferentes etapas.

Um exemplo de trilha virtual, criada por professores, já foi explorada e vivenciada por vocês. É a trilha que nos possibilitou desenvolvermos o módulo 2, desta formação, quando houve a necessidade de trabalharmos com algumas ferramentas interativas da web 2.0.

Podemos propor também trilhas virtuais, como ao Museu do Louvre, por exemplo.

 

Aqui, nossa proposta vai na direção das trilhas percorridas por alunos e registradas por eles. Essas trilhas podem ser sugeridas pelo professor  ou pelos alunos,  a partir das combinações que nascem e se desenvolvem nos grupos. A intencionalidade do professor, com este tipo de trabalho,  pode estar voltada para o desenvolvimento das noções espaciais; o reconhecimento de determinado tipo de flora ou vegetação; para chamar a atenção aos elementos arquitetônicos do local onde os alunos vivem, enfim, para apurar o senso de observação de um modo geral, dentre outras possibilidades.

O importante no trabalho com trilhas é elaborar com os alunos uma espécie de roteiro inicial: De onde partiremos e onde queremos chegar? Como vamos percorrer a trilha? O que vai facilitar o trabalho? Como vamos operar em conjunto? Que tipo de registro vamos fazer? Quem fica encarregado de registrar o quê? Com que recursos contamos para fazer estes registros?

Esse roteiro pode ser aperfeiçoado aos poucos, durante o desenrolar dos trabalhos, e novas ações e recursos podem ser agregados para enriquecer estes registros.

 

Vamos, examinar algumas trilhas de quem já percorreu este caminho?

O caminho da minha casa até a minha escola - Observem os detalhes registrados, os hiperlinks e o uso de mapas digitais. Este tipo de trilha pode ser trabalhada com os alunos das séries iniciais.

Notem que no final do trabalho há um convite para que o leitor trace a trilha descrita em um mapa. Depois, é oferecido um mapa, com a trilha marcada, como elemento de comparação.

A Trilha do Tatu - para alunos das séries mais avançadas. Embora seja uma trilha feita por professores e alunos de curso superior, dá uma ideia de como podemos trabalhar com os alunos do fundamental. São sugestões que podem ser adaptadas aos nossos recursos, às características da comunidade escolar e, fundamentalmente, aos interesses dos alunos e aos recantos e histórias da região.