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O avanço científico e tecnológico acelerado e o aumento da população mundial tem gerado problemas, cada vez mais complexos, para os quais os meios tradicionais de solução já não são suficientes. Assim, fazer frente a estes novos problemas demanda inventividade, criação de novas estratégias e alternativas de solução originais que, em função de sua complexidade, provavelmente, só poderão ser geradas por pessoas capazes de trabalharem, de modo criativo, colaborativo e cooperativo, em equipes multi e interdisciplinares.

Piaget há muito já dizia que a meta principal da educação é criar homens inventores, descobridores, capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram e, nesta mesma linha, Paulo Freire ressaltava que "só existe saber na invenção, na reinvenção e na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem do mundo, com o mundo e com os outros”.

Preparar as novas gerações para o enfrentamento positivo e pró-ativo dos problemas, nutrir sua criatividade e espírito investigativo, sua competência para o trabalho em grupo, estabelecendo relações de reciprocidade com os colegas, é uma tarefa complexa e, certamente, implica em mudanças na rotina escolar pela adoção de metodologias mais abertas e em mudanças nas relações interpessoais.

Estas mudanças requerem dos alunos um grau maior de autonomia, comprometimento, cooperação e atitudes investigativas, como acontece quando trabalhamos com resolução de problemas, com uma pedagogia problematizadora ou com projetos de aprendizagem, e podem constituir momentos de impasse e resistência, posto que são propostas que afastam tanto os professores, quanto os alunos, do usual, do conhecido, do já vivido.

Mudar é um desafio e encontrar soluções para desafios pode ser comparado à caça de um tesouro. No início da busca, tentamos trilhar caminhos conhecidos, ou o mais próximo possível dos já trilhados, e não percebemos o que está fora deles. Mesmo não encontrando a resposta nas primeiras tentativas, temos a tendência de persistir e achar que só não obtivemos êxito porque não soubemos percorrer o caminho exatamente como deveríamos, evidenciando quão difícil é abrir mão de tudo aquilo que faz parte do nosso repertório: nossos modos de pensar e agir.

Uma forma interessante de nos prepararmos e prepararmos nossos alunos para estas mudanças é o trabalho com desafios lógicos, que os alunos, em pequenos grupos, precisam resolver.

Vamos saber um pouco mais?