"Desde os primórdios
da humanidade - quando o olhar do homem transformava o céu, à
noite, na primeira tela de projeção - os grupos e culturas mais
diversas vêm dando vazão a sua necessidade de criar redes. Primeiro
se pensou em redes como sistemas fechados, estáveis e organizados. Hoje,
se trabalha com a idéia de que o Universo é um grande sistema
em rede, aberto e instável, no qual são efetuadas trocas que são
vitais para sua manutenção e transformação. Nesta
perspectiva, cada um de nós é uma Rede de Redes Interativas que
se conecta a outras tantas Redes de Redes."
Este conceito, Rede, aparece muito fortemente quando se entra na área
da Tecnologia na Educação. Temos países em rede buscando
se fortificarem mutuamente; professores em rede, em fóruns e listas de discussões;
alunos em rede, trabalhando em projetos partilhados; escolas em rede discutindo
formas mais democráticas de gestão; Universidades em rede, buscando
construir o conhecimento de forma cooperativa; organizações sociais
em rede, buscando formas de melhorar a qualidade de vida dos brasileiros; organizações
ambientais que lutam pelo desenvolvimento sustentável do planeta. Todas estas redes têm sua tessitura facilitada pela tecnologia, principalmente pelas tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), nas quais se destaca a internet. (...) Segundo Carlos Nader,
artista plástico brasileiro cuja obra tem profunda conexão com
as TIC, faz sentido nos perguntarmos para que serve esta imensa rede:
Para nos cercar ou para nos acercar?
Para transportar diversidade cultural ou para intoxicar de informação?
Para tentar intermediar o contato imediato ou para romper de vez a barreira da distância entre homens?
Para limitar a individualidade da expressão ou para ampliar como nunca os limites da expressão da individualidade?”
São infinitas as perguntas.
E as respostas contém o paradoxo do livre-arbítrio."(MAGDALENA e COSTA, 2003)Magdalena, Beatriz C. e Costa, Iris E.T. Internet em sala de aula: com a palavra, os professores. Porto Alegre:Artmed, 2003.