Parte II
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Na manhã seguinte, as crianças ficaram confusas ao examinarem os termômetros e constatarem que suas previsões não se cumpriram, que estavam erradas.

 

A professora, por sua vez, pensou que agora elas mudariam sua forma de pensar e ela poderia, finalmente, iniciar suas aulas sobre calor.

 

As crianças, no entanto, não desistiram de suas ideias e logo encontraram outras explicações para a falha nas suas previsões: talvez não tenham fechado as roupas adequadamente em volta dos termômetros; talvez um vento frio tenha entrado na sala de aula durante a noite e de algum modo também entrou nas roupas; os termômetros poderiam estar estragados...

 

Isso levou a novos testes, agora embrulhando os termômetros nas roupas que depois foram acondicionadas em caixas e sacos plásticos vedados com todo o cuidado e postos em armários e em gavetas, longe da janela por onde poderia, eventualmente, entrar um vento gelado.

 

No terceiro dia as crianças apressaram-se para ver o resultado de suas experiências, mas, uma vez mais, ao desempacotarem as peças constataram que os termômetros marcavam uniformemente a mesma temperatura.

 

A professora solicitou às crianças que escrevessem em seus diários o que achavam dos resultados e como poderiam explicá-los.

Após alguns momentos de discussão, a professora percebeu que seus alunos estavam desequilibrados: suas teorias não davam conta de explicar os fatos e eles não tinham nenhuma nova teoria para substituir a antiga.