Parte III |
A professora, vendo crianças confusas, decidiu-se por oferecer-lhes a possibilidade de escolherem uma entre duas ideias possíveis:
- Escolha A : o calor pode vir de quase qualquer coisa, incluindo blusões de lã, mantas e chapéus. No entanto, quando queremos medir seu calor somos, às vezes, enganados porque medimos o ar frio que está dentro deles.
- Escolha B : o calor, em grande parte, vem do sol e de nossos corpos e fica preso dentro da roupa de inverno. A roupa mantém o calor do nosso corpo dentro dela e mantém o ar frio fora.
Os alunos anotaram suas escolhas em seus diários e depois a professora lhes perguntou como poderiam testar esta nova teoria.
Uma das alunas, convencida pela experiência de que "roupa quente" não é realmente quente e que o calor que parece vir dela vem do corpo, sugeriu colocarem os termômetros em gorros, enquanto os usavam. Neste experimento o termômetro registrou valores mais altos, indicando que a aluna estava no caminho certo.
Como podemos constatar, só depois de esgotadas todas as possibilidades, as crianças começaram a duvidar de suas ideias e se mostraram abertas para começarem a pensar na possibilidade de que roupas de lã não são fonte de calor, como pensavam ser, até então.
Estas crianças poderiam ter tido aulas sobre fontes de calor e sobre fricção, mas suas concepções ingênuas, provavelmente, permaneceriam e elas voltariam a pensar como pensavam até então, se elas não tivessem vindo à tona e se não tivessem sido trabalhadas como foram.
Ainda falando em calor, neste vídeo vocês identificam aspectos que induzem compreensões contrárias as da ciência?
Este texto possui trechos livremente traduzidos do site: http://www.exploratorium.edu/ifi/resources/workshops/teachingforconcept.html